Ferreiros vira destaque no G1devido Aedes aegypti
- Oladcamutanga
- 1 de mar. de 2016
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Para o governo de Pernambuco, os dados do LIRAa de janeiro são muito preocupantes. “Nunca tivemos tantos municípios com índice de infestação acima de 4%, o que é tolerado. Essa é a maior quantidade de cidades em situação de risco registrada desde 2012, quando começamos a fazer o levantamento em Pernambuco”, declara a coordenadora de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde, Claudenice Pontes. As arboviroses são as doenças transmitidas por insetos.
Para elaborar o LIRAa, produzido de dois em dois meses, cada município é dividido em grupos 9 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes. Desses, 450 são visitados. Os estratos são classificados de acordo com o índice de infestação: inferior a 1% (condições satisfatórias), entre 1% e 2,5% (risco médio) entre 2,6% e 3,9% (condição de alerta) e superior a 4% (risco de surto).
A partir da próxima semana, os municípios pernambucanos começam a elaborar um novo mapa da infestação. E o Estado está na expectativa de números menos assustadores. “Esperamos que as ações tenham dados resultado. Vamos torcer para que o LIRAa de março seja melhor”, comenta Pontes.
Cidades com maior índice de infestação
1. Ferreiros
2. Surubim
3. Terezinha
4. Venturosa
5. São João
6. São José do Egito
7. Flores
8. Sertânia
9. Santa Cruz da Baixa Verde
10. Frei Miguelinho
A partir dessa classificação, é possível mostrar a situação dramática em algumas cidades. Ferreiros, na Zona da Mata Norte, é o primeiro colocado nesse ranking estadual de infestação. O município atingiu um índice de 18%. Isso significa que ele tem um número de Aedes aegypti mais de quatro vezes superior do que o teto do protocolo do Ministério da Saúde. Em segundo lugar aparece Surubim, no Agreste, com 16.8%. Terezinha, na mesma região, fica em terceiro na relação: tem LIRAa de 16,7%.
A maior preocupação das autoridades de saúde é com o interior. Apenas dois municípios do Grande Recife estão na lista dos mais infestados pelo mosquito: Abreu e Lima (4,4%) e Camaragibe (6,2%). Na capital, o problema vem diminuindo. O levantamento feito entre janeiro e fevereiro deste ano mostrou o menor índice da última década: 1,1%.Há dez anos, a cidade tinha LIRAa de 3,4%.

A gestora ressalta a importância das ações conjuntas. E enaltece o trabalho realizado pelas Forças Armadas e nas escolas. “Em Pernambuco, 90% dos focos estão nas residências. As aglomerações urbanas pioram o problema. Por isso, não podemos permitir a desmobilização. Temos que atuar sempre juntos”, declara.
fonte: G1
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